Please use this identifier to cite or link to this item: http://191.252.194.60:8080/handle/fdv/835
metadata.dc.type: Dissertação
Title: O resgate da memória cultural ancestral na atividade da Associação das Paneleiras de Goiabeiras, Vitória/ES
metadata.dc.creator: Tassar, Ingrid Martins
metadata.dc.contributor.advisor1: Francischetto, Gilsilene Passon Picoretti
metadata.dc.contributor.referee1: Moreira, Nelson Camatta
metadata.dc.contributor.referee2: Ramos, Ines de Oliveira
metadata.dc.description.resumo: O estudo teve por objetivo analisar a atividade dos artesãos que confeccionam as panelas de barro e sua organização em formato associativo, bem como discutir o resgate da memória cultural ancestral através da exploração comercial estruturadas em forma de economia solidária, à medida em que são observados os aspectos históricos, culturais e econômicos frente ao restrito acesso ao mercado de trabalho de classes invisibilizadas.A memória, nesse cenário, torna-se bastante relevante por possibilitar, como direito constitucional, acesso e maior visibilidade de culturas, que foram silenciadas durante um bom tempo pela História Oficial. Trata-se da necessidade de preservar e proteger parte de nossa identidade como brasileiro, além do sentimento de pertencimento que se produz pela herança de nossos ancestrais, seja por meio da culinária, dos festejos, dos recursos naturais, enfim, do todo realizado para a subsistência. A partir do fomento de práticas de reafirmação da cultura e identidade, através da memória ancestral, promove-se uma democracia mais real, além de propagar a igualdade e conjecturar a memória individual e coletiva que estão instrínsecas à História. Em decorrência do viés capitalista, há a exclusão de determinados grupos e atividades econômicas, de forma que a reunião destes grupos por meio de associação torna-se um instrumento relevante para a autonomia, independência e crescimento social do indivíduo. A experiência da Associação das Paneleiras de Goiabeiras, em Vitória, no Espírito Santo é um exemplo da possibilidade de atrelar o resgate da memória cultural ancestral de um povo com a necessidade de prover renda, sustento e a inclusão deste grupo. O ofício das paneleiras foi o primeiro registro de Patrimônio Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2002, obedecendo critérios constitucionais aliados aos termos previstos no Decreto nº 3.551, de 04 de agosto de 2000. A figura da economia solidária como alternativa aos modelos tradicionais capitalistas consiste em um modelo de autogestão, cujo modo alternativo permite a produção mediante uma participação mais ativa dos agentes, abandonando-se as figuras de empregador e empregado. A metodologia empregada foi a dialética através da pesquisa bibliográfica e análise documental. Em que pese o fato da panela de barro fazer parte do cotidiano capixaba, incluída em receitas e mesas dos mais diversos restaurantes, a realidade dos artesãos paneleiros persiste invisibilizada e negligenciada, muito porque se trata de uma atividade artesanal e rudimentar, de forma que ainda persiste a necessidade de concretização dos direitos fundamentais inerentes àquele grupo social, e ainda, a afirmação de geração de renda por meio da experiência contra-hegemônica representada pela economia solidária. Versando sobre essa temática, a pesquisa desenvolvida busca, a partir da experiência do modelo alternativo de economia solidária, através do exemplo observado na Associação das Paneleiras de Goiabeiras, compreender o resgate da memória cultural ancestral conforme o ofício dessa comunidade em confeccionar, artesanalmente, e mediante o emprego das técnicas de seus antepassados, as panelas de barro.
Abstract: The study aimed to analyze the activity of artisans who make clay pots and their organization in an associative format, as well as to discuss the rescue of ancestral cultural memory through commercial exploitation structured in the form of solidarity economy, as they are observed. historical, cultural and economic aspects in view of the restricted access to the labor market of invisible classes. Memory, in this scenario, becomes very relevant because it allows, as a constitutional right, access and greater visibility of cultures, which were silenced for a long time through Official History. It is about the need to preserve and protect part of our identity as a Brazilian, in addition to the feeling of belonging that is produced by the heritage of our ancestors, whether through cooking, celebrations, natural resources, in short, the whole accomplished for the subsistence. Based on the promotion of practices to reaffirm culture and identity, through ancestral memory, a more real democracy is promoted, in addition to propagating equality and conjecturing the individual and collective memory that are intrinsic to history. As a result of the capitalist bias, certain groups and economic activities are excluded, so that the gathering of these groups through association becomes a relevant instrument for the individual's autonomy, independence and social growth. The experience of the Associação das Paneleiras de Goiabeiras, in Vitória, Espírito Santo is an example of the possibility of harnessing the rescue of the ancestral cultural memory of a people with the need to provide income, support and the inclusion of this group. The job of the potters was the first registration of Intangible Heritage by the Institute of National Historical and Artistic Heritage (IPHAN), in 2002, obeying constitutional criteria combined with the terms provided for in Decree No. 3,551, of August 4, 2000. The figure of the solidarity economy as an alternative to traditional capitalist models, it consists of a selfmanagement model, whose alternative mode allows production through a more active participation of agents, abandoning the figures of employer and employee. The methodology used was dialectics through bibliographic research and document analysis. In spite of the fact that the clay pot is part of the daily life of Espírito Santo, included in recipes and tables from the most diverse restaurants, the reality of the artisans in the pottery remains invisible and neglected, much because it is an artisanal and rudimentary activity, so that even the need for the realization of fundamental rights inherent to that social group persists, as well as the affirmation of income generation through the counter-hegemonic experience represented by the solidary economy. Based on this theme, the research developed seeks, based on the experience of the alternative model of solidarity economy, through the example observed at the Associação das Paneleiras de Goiabeiras, to understand the recovery of ancestral cultural memory according to the craft of this community in making, by hand, and through the use of the techniques of their ancestors, the clay pots.
Keywords: Direitos Fudamentais
Memória
Paneleiras de Goiabeiras
Invisibilidade
Economia Solidária
metadata.dc.subject.cnpq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
metadata.dc.language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Faculdade de Direito de Vitoria
metadata.dc.publisher.initials: FDV
metadata.dc.publisher.department: Departamento 1
metadata.dc.publisher.program: PPG1
Citation: TASSAR, Ingrid Martins. O resgate da memória cultural ancestral na atividade da Associação das Paneleiras de Goiabeiras, Vitória/ES. Orientadora: Gilsilene Passon Picoretti Francischetto. 2020. 178 f. Dissertação (Mestrado em Direitos e Garantias Fundamentais) - Programa de Pós-Graduação em Direitos e Garantias Fundamentais, Faculdade de Direito de Vitória, Vitória, 2020.
metadata.dc.rights: Acesso Restrito
URI: http://191.252.194.60:8080/handle/fdv/835
Issue Date: 25-Mar-2020
Appears in Collections:Dissertações

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
INGRID MARTINS TASSAR .pdf9.16 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.