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metadata.dc.type: Trabalho de Conclusão de Curso
Title: O impacto da inteligência artificial (ia) no sistema penal: uma análise de aplicação à posteridade
metadata.dc.creator: Smarzaro, Pedro Henrique
metadata.dc.contributor.advisor1: Boldt, Raphael
metadata.dc.contributor.referee1: Schwan, Felipe Teixeira
metadata.dc.description.resumo: O trabalho realiza uma análise categórica acerca do desenvolvimento de Inteligências Artificiais e todos os seus desdobramentos. Inicialmente, é realizada uma análise geral da influência da tecnologia na realidade humana ao longo da história, até dispor das atuais Inteligências Artificiais, ao passo que os métodos rústicos e tradicionais deram espaço progressivo aos métodos mais rápidos e eficazes. A digitalização das formas tornou diversas práticas obsoletas para dar lugar a outras automatizadas tecnicamente. Fato este que, incontestavelmente, possui relação direta com a mudança atribuída à sociedade de modo geral, a cultura e os hábitos se tornaram velozes e líquidos, fluidos moldáveis às necessidades. Não se define a caracterização exata de causa e efeito das mudanças sociais e a tecnologia, ao passo que são interdependentes. Em seguida, demarcando pontual diferença entre o Direito Digital e o Direito da Inteligência Artificial. A Inteligência Artificial possui um ramo que ultrapassa a concepção de Direito Digital, de modo que a digitalização das formas é incompatível com a artificialização dos meios. Em outras palavras, com a instituição do Direito da Inteligência Artificial, se torna necessário que haja um Constitucionalismo Digital, que abarque um plano de preparação para as implicações futuras do impacto das IA’s na sociedade brasileira. Em seguida, alcança a problemática instaurada a partir da imprevisibilidade relacionada às possibilidades que sondam o desenvolvimento da Inteligência Artificial. O tema da robotização da mente humana se torna um foco a ser analisado, ao passo que seu desenvolvimento é capaz de causar a deterioração de diversos princípios e direitos, como o direito ao silêncio, ao romper com a privacidade mental do acusado e desconfigurar o que motiva tal direito. O direito ao silêncio emana do princípio do nemo tenetur se detegere (não incriminar a si mesmo), porém o rompimento da privacidade mental ultrapassa as barreiras da mente. A robotização da mente implica no advento da Teoria da Mente Humana Estendida, o que faz com que aconteça um fenômeno, inerente a este processo, de esbulho da mente humana. O esbulho da mente humana trata da posse precária da mente a partir de uma extensão indesejada de memórias e possibilidades de incriminação que o acusado não deseja que sejam transmitidos à investigação do seu próprio caso criminoso. Com isso, o conceito de dolo se torna relativizado, ao passo que compõe o seu conceito compõe a extensão da mente por meio da sua robotização. Surge um ditame entre a violação ao princípio da ampla defesa e contraditório e o cumprimento do princípio da busca pela verdade real do magistrado, visto que o direito penal não é suficientemente preparado para esta contradição. Com tamanha contradição, a dicotomia entre um Direito Penal de Segurança Máxima e um Direito Penal de Garantias Fundamentais se torna inevitável. Dessa forma, o Estado se materializa como um terrível poder cada vez mais opressor, como é descrito por Luigi Ferrajoli. Ao ponderar sobre o desenvolvimento tecnológico desenfreado, analisa-se a necessidade de preparo imediato, bem como a desconstrução de conceitos enraizados tradicionalmente no pensamento comum social.
Abstract: El trabajo realiza un análisis categórico sobre el desarrollo de las Inteligencias Artificiales y todas sus implicaciones. Inicialmente, se lleva a cabo un análisis general de la influencia de la tecnología en la realidad humana a lo largo de la historia, hasta llegar a las actuales Inteligencias Artificiales, donde los métodos rústicos y tradicionales han dado paso progresivo a métodos más rápidos y eficaces. La digitalización de las formas ha vuelto obsoletas varias prácticas para dar lugar a otras automatizadas técnicamente. Este hecho tiene una relación directa e innegable con los cambios atribuidos a la sociedad en general; la cultura y los hábitos se han vuelto rápidos y líquidos, adaptables a las necesidades. No se define exactamente la caracterización de causa y efecto de los cambios sociales y la tecnología, ya que son interdependientes. A continuación, se marca una diferencia puntual entre el Derecho Digital y el Derecho de la Inteligencia Artificial. La Inteligencia Artificial va más allá de la concepción del Derecho Digital, de modo que la digitalización de las formas es incompatible con la artificialización de los medios. En otras palabras, con la institución del Derecho de la Inteligencia Artificial, es necesario establecer un Constitucionalismo Digital que aborde un plan de preparación para las futuras implicaciones del impacto de las IA en la sociedad brasileña. Luego, se aborda la problemática surgida a partir de la imprevisibilidad relacionada con las posibilidades que rodean el desarrollo de la Inteligencia Artificial. El tema de la robotización de la mente humana se convierte en un enfoque a analizar, ya que su desarrollo puede provocar la deterioración de diversos principios y derechos, como el derecho al silencio, al romper con la privacidad mental del acusado y desconfigurar lo que motiva dicho derecho. El derecho al silencio se origina en el principio del nemo tenetur se detegere (no incriminarse a sí mismo), pero la ruptura de la privacidad mental va más allá de las barreras de la mente. La robotización de la mente implica la aparición de la Teoría de la Mente Humana Extendida, lo que da lugar a un fenómeno inherente a este proceso: el esbulho de la mente humana. El esbulho de la mente humana trata sobre la posesión precaria de la mente debido a una extensión no deseada de memorias y posibilidades de incriminación que el acusado no desea que se transmitan a la investigación de su propio caso criminal. Con esto, el concepto de dolo se relativiza, ya que compone la extensión de la mente mediante su robotización. Surge un conflicto entre la violación al principio de la amplia defensa y contradicción y el cumplimiento del principio de búsqueda de la verdad real por parte del magistrado, dado que el derecho penal no está suficientemente preparado para esta contradicción. Ante tal contradicción, la dicotomía entre un Derecho Penal de Seguridad Máxima y un Derecho Penal de Garantías Fundamentales se vuelve inevitable. De esta manera, el Estado se materializa como un poder cada vez más opresor, como lo describe Luigi Ferrajoli. Al reflexionar sobre el desarrollo tecnológico desenfrenado, se analiza la necesidad de preparación inmediata, así como la desconstrucción de conceptos arraigados tradicionalmente en el pensamiento común social.
Keywords: Inteligência Artificial
Criminologia
Direito Penal
Robotização da mente
Garantismo
metadata.dc.subject.cnpq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
metadata.dc.language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Faculdade de Direito de Vitoria
metadata.dc.publisher.initials: FDV
metadata.dc.publisher.department: Departamento 1
Citation: SMARZARO, Pedro Henrique. O impacto da inteligência artificial (ia) no sistema penal: uma análise de aplicação à posteridade. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Faculdade de Direito de Vitória, Vitória, 2023.
metadata.dc.rights: Acesso Aberto
URI: http://191.252.194.60:8080/handle/fdv/1619
Issue Date: 13-Dec-2024
Appears in Collections:Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC)

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